Um workshop de Física Quântica

O Caraça, desde 1970, tem sido um Centro de Peregrinação, Cultura e Turismo. Desde faz três anos, propõe-se igualmente ser Centro de Educação e Preservação Ambiental. Pois é dentro desta finalidade que recebe cada ano centenas de pesquisadores e estudiosos dos mais diversos ramos do saber.

Nos dias 18 e 19 de setembro, realizou-se em seu auditório o 5º Workshop de Informação Quântica e Ótica Quântica. Participaram cinco Professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um da Universidade de Campinas (Unicamp) e vinte e um estudantes de pós-graduação (mestrado e doutorado). Foi um seminário de estudos teóricos e práticos, em forma de palestras, de mesas de colaboração ou de temas gerais.

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As palestras tiveram temas como o tempo na mecânica quântica, propostas de experimentos com fótons gêmeos, a mecânica clássica como limite da mecânica quântica e a contextualidade. Estes temas ocuparam as duas manhãs. Já as tardes foram reservadas para as discussões em dois grupos simultâneos: as mesas de colaboração discutiram propostas de projetos para serem discutidos e executados nos próximos anos; as mesas de colaboração sugeriram temas que se desejavam entender melhor.

Como basicamente a física quântica estuda realidades infinitamente microscópicas como os fótons, entra-se num mundo diverso dos elementos macroscópicos da realidade. A aplicação prática serve, num dos exemplos citados pelo Professor Pablo Saldanha a quem nosso jornal entrevistou, para garantir a segurança total das criptografias, pelo tipo de comportamento das partículas microscópicas em jogo, o que leva à criptografia quântica, um dos alvos de tantas pesquisas de governos, de bancos, de todo tipo de associações.

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Esses grupos de trabalho se reuniram inicialmente sem periodicidade definida. Mais recentemente, realizaram-se workshops semestrais, podendo agora passar a anuais, dependendo de uma série de fatores. Perguntado sobre a escolha do Caraça para o seminário desta semana, o Professor Pablo Saldanha destacou a qualidade do ambiente, a distância relativa de Belo Horizonte e o preço acessível, e o Diretor do Caraça, Pe. Lauro Palú, comentou conosco que isso confirma o esforço da Comunidade Vicentina que dirige o Santuário, no sentido de oferecer condições favoráveis às pesquisas e estudos para as escolas e universidades.

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