A tragédia da madrugada de 28 de maio de 1968, que acabou com o Seminário do Caraça, foi motivo de um encontro de ex-Alunos, que vieram ao Santuário no sábado 26 e de um grupo maior, no dia 27, aproveitando o domingo. Muitos que desejaram vir não puderam e outros acharam que haveria problemas na estrada, por causa da greve dos caminhoneiros e nem saíram de casa…
Para lembrar os tristes acontecimentos do incêndio e da dispersão dos seminaristas pelo mundo afora, tivemos dois eventos especiais: o lançamento de uma edição especial deste jornal VOZ DO CARAÇA e a Santa Missa das onze, no domingo, dia 27. O Coral Crescere, formado por ex-alunos do Caraça, de Mariana e Diamantina, mais algum amigo da caminhada, acabou não vindo. Houve pouca gente participando da missa das onze, que foi celebrada pelos Pes. Lauro Palú e Geraldo Humberto Venuto. O Diretor do Caraça, Pe. Lauro, expôs a situação da casa, logo após o fogaréu e a dispersão dos Alunos, até que a Província Brasileira da Congregação da Missão, proprietária e mantenedora da herança deixada em testamento pelo Irmão Lourenço de Nossa Senhora, definiu em seu Conselho Provincial que haveria uma forte retomada das atividades no Santuário e na Fazenda do Engenho. O Caraça seria organizado como centro de peregrinação, cultura e turismo. Hoje, depois da criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural, que abrange quase a totalidade da propriedade do Caraça, acrescentamos mais duas atividades definidoras do Caraça: ser um centro de educação ambiental e de preservação ambiental.
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Na homilia, Pe. Lauro lembrou que o Caraça não pode viver de saudosismos, embora seja todo ele tecido e entretecido de saudades. A saudade é a lembrança do bem que vivíamos em tal e tal situação, o que nos leva a trabalhar para restaurar as linhas de força, as intuições principais do que houve na história até agora. E nisto entrou em jogo a palavra que define o Caraça hoje: responsabilidade. O Caraça é um dom de Deus não apenas para a Província, mas é uma graça concedida a todo o povo mineiro e brasileiro. Nossa responsabilidade é o zelo pela preservação da história e das antiguidades do Caraça, nosso empenho pela conservação de sua natureza e nosso esforço de proteger cada manifestação de vida, de beleza, de valor, que encontramos na natureza privilegiada que aqui nos rodeia e nos humaniza, nos faz mais valentemente humanos, defensores da natureza, educadores ambientais.
A edição especial deste jornal VOZ DO CARAÇA está à venda na cantina e na recepção, ao preço de R$ 10,00. Encomendas podem ser feitas na recepção para envio pelo correio, com o pagamento suplementar do porte nacional.
Assessoria de Comunicação do Caraça