Na manhã do dia 29 de maio, realizou-se na Fazenda do Engenho (CARAÇA), o Seminário para Construção do Território Queijo Minas Artesanal Serras da Piedade e Caraça. O objetivo era discutir e iniciar a organização dos produtores de queijos da região para se configurarem num território como os já tradicionais e afamados do Serro, da Canastra, das Vertentes, etc. O convite foi feito por Wemerson Barra, Extensionista Agropecuário II, do escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) de Catas Altas. Participaram mais de quarenta pessoas, entre os padres da Direção do Santuário, funcionários da Fazenda do Engenho, técnicos da EMATER dos escritórios da região, com um grupo reforçado de fazendeiros dos municípios de Barão de Cocais, Caeté, Catas Altas, Nova União e Santa Bárbara. Além desses, proprietários e chefs de importantes restaurantes de Belo Horizonte e da nossa região, e representantes dos poderes municipais, das secretarias especialmente interessadas em apoiar o projeto.
A parceria do Caraça com a EMATER assegurou o transporte e a alimentação para os técnicos que coordenariam a reunião. As boas vindas foram dadas pelo Diretor do Caraça, Pe. Lauro Palú, e por seu auxiliar, o Pe. Luís Carlos do Vale Fundão, que destacaram a importância da iniciativa, a dinâmica a seguir, que seria de ensino e aprendizado por parte de todos, e o fato de estarem numa fazenda que serviria para a observação e a prática dos ensinamentos transmitidos pelos técnicos da EMATER e estará disponível para os treinamentos futuros dos interessados.
Vani Fonseca Pedrosa, gastrônoma e estudiosa da alimentação em Minas Gerais, apresentou a contextualização histórica de queijo Minas artesanal, num bonito trabalho audiovisual.
Nissan Félix Pinto, chefe do escritório do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) de Itabira, não pôde chegar à reunião, onde apresentaria um diagnóstico da produção leiteira no território.
A parte mais alentada do seminário foi a apresentação feita por Mozair José Pinto, do escritório da EMATER de Bambuí, que deu todas as indicações necessárias para a fabricação, melhoria, certificação e comercialização do Queijo Minas Artesanal. Ilustrou todos os itens com os sucessos já obtidos na Serra da Canastra, na região do Serro e em outros territórios mineiros. Sua palestra foi enriquecida pelas perguntas dos participantes e por contribuições específicas dos produtores da região.
O intervalo para o café foi enriquecido pelos queijos e requeijões trazidos das Fazendas, pelos vinhos de Catas Altas e pelas quitandas do próprio Engenho. O difícil foi retornar à sala das palestras…
A manhã se encerrou com a visita ao curral, à queijaria, às hortas e ao recente pomar da Fazenda do Engenho. Cerca de trinta participantes foram almoçar no restaurante do Caraça. A lista dos participantes e seus endereços estão nas mãos da EMATER para as próximas iniciativas, os passos necessários para a configuração do novo território do queijo Minas artesanal.
Fotos e texto: Padre Lauro Palú, C.M.