A gente se pergunta como é que tanta gente acaba conhecendo o Caraça e suas maravilhas. Vem gente do mundo inteiro. Sempre pergunto como é que conheceram o Caraça. Muitos respondem que foi pela internet, depois de ter visto o nome ou alguma propaganda. Outros estavam procurando nalgum guia turístico o que ver no Brasil, e Minas logo se destaca, e em Minas há páginas primorosas sobre o Caraça e, em geral, uma página excepcional sobre o lobo-guará.
Aí começam a procurar na internet e nosso site realmente é informativo e está tudo em português, inglês e francês.
O site tem uma parte histórica, o passado mais ou menos distante, que interessa a muita gente, de mais idade ou mesmo jovem, que gosta de saber como as coisas aconteceram, como se formaram as instituições, como ocorreram os incêndios, os roubos, as inundações, gente que gosta de procurar no passado as curiosidades e os feitos memoráveis.
Há muita fotografia no site do Caraça. Fotos artísticas, fotos científicas ou fotos apenas turísticas. Por exemplo, há gente que passará, uma por uma, as fotos de todos os padres que aparecem no site. Já outros procurarão ver a série completa dos passarinhos que estão na lista do Caraça. E se descobrem a lista dos besouros, dos mamíferos, dos morcegos, dos ratos, das orquídeas, das samambaias, dos maracujás, das plantas carnívoras, etc., vão ver uma por uma, admirar, copiar algumas, fazer a lista das que já conhecem e a lista das que virão conhecer aqui no santuário, pois é assim que pessoas inteligentes e interessadas preparam suas idas aos lugares turísticos e aos pontos badalados, que irão conhecer e curtir mais que todos os outros milhares de desprevenidos e desatentos, despreparados ou desinteressados.
Uma coisa de que precisamos é a atualização. Por exemplo, pouca gente sabe de certas novidades, e algumas são excepcionais, que ocorrem quando menos esperamos. Quando apareceu, a jaratataca, que veio para comer a carne que servimos para o lobo-guará, certamente já estava vindo uns dias antes, até que a vimos e então pudemos dar a notícia, pôr as fotos, comentar os hábitos, etc. O mesmo aconteceu, depois, com o cachorro-do-mato, que nos está dando trabalho. E se é verdade que também um puma jaguarundi veio ao adro da igreja, comer na bandeja do lobo? E se aparecer algum outro bicho maior? Temos mesmo que atualizar cada dia.
Pe. Lauro Palú, C. M. – Ed. 105 – Jornal Voz do Caraça
Fevereiro 2015