À Gruta de Lourdes se vai pela trilha que leva até a Capelinha e se inicia no estacionamento dos visitantes, seguindo em frente, próximo ao lago dos patos. Estando na Capelinha, toma-se o caminho à sua esquerda, atravessa-se um pequeno riacho até um afloramento rochoso. Nesta rocha, há uma seta pintada, indicando que se deve descer. Logo, outra seta indica que se deve virar à direita. Descendo um pouco mais, a trilha segue à esquerda até a Gruta.
A Gruta de Lourdes recebeu este nome quando, em 1904, no cinqüentenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição pelo Papa Pio IX (1854), ali foi entronizada a imagem de Nossa Senhora de Lourdes.
A trilha, de 3 Km, é bem íngreme e com dificuldades, exigindo certo preparo físico e disposição dos visitantes.
A Gruta de Lourdes na voz e no coração do Padre Sarneel
“A gruta mais acessível e piedosa é a de Lourdes. Não está longe da Capelinha. Chamava-se antes Gruta do Irmão José. Foi esse bom Irmão francês cujo nome de família é Cornilleau que colocou, no princípio deste século, a imagem de Nossa Senhora, de túnica branca e faixa azul, na pequena gruta. Hoje é a mais visitada pelos peregrinos que vêm ao Caraça para rezar.
Abre-se a gruta em rocha de natureza calcária. Tem um único salão com cerca de cinqüenta metros de extensão, vinte de largura e outros tantos de altura. O chão é atapetado de uma areia alvíssima que os romeiros apanham com devoção e levam para as suas casas, como presente e lembrança da divina Distribuidora de todas as graças, Maria Santíssima.
Amigo, não podes deixar de visitar a milagrosa gruta. Quem visita a França vai a Lourdes. Quem vai ao Caraça visita a Gruta do Irmão José e nela, como Bernadete, a feliz visionada, reza, senão com a vela acesa de cera entre os dedos, ao menos com a chama do amor no coração”.
Guia Sentimental do Caraça, 1953
Galeria de Fotos: