Cascatinha

A Cascatinha, formada por 4 quedas d’água e 4 piscinas naturais, localiza-se a 2 km do Santuário, por uma trilha de fácil acesso. Medindo 40 m, suas águas nascem acima das quedas, de onde vêm saltando pela encosta e pelas pedras.

Suas águas, puras e espumantes, têm uma coloração amarelada que aumenta de intensidade no tempo das chuvas, em razão das matérias orgânicas que descem da Serra.

É um dos locais mais visitados no Caraça, por sua pouca distância, pela facilidade de acesso e, claro, pela beleza de sua paisagem e pela atração de suas águas. À Cascatinha chega-se tomando à direita no estacionamento dos visitantes. Pela trilha, caminha-se sempre em frente, deixando para trás as entradas à direita para o campo de futebol, a Prainha e a Bocaina.

Mesmo nos dias mais frios, turistas e visitantes não conseguem resistir aos encantos da Cascatinha e, esquecendo o frio, a névoa ou a chuva, mergulham em suas águas e refrescam-se em suas piscinas.

Em tempos de calor e muito sol, a Cascatinha fica quase “intransitável”, pois todos querem nadar e descansar em suas águas, aproveitando o convívio amigo, a prosa alegre e a beleza da natureza que desenha, de uma maneira toda especial, a Cascatinha e seu entorno.

Cascatona

A trilha de 6 Km que leva até a Cascatona é toda pela área de Mata Atlântica, consideravelmente fechada pelas árvores e com caminhos nem sempre muito fáceis de serem percorridos, especialmente no tempo das chuvas. A trilha várias vezes se fecha e, nas partes mais acidentadas e íngremes, exige um esforço maior.

Chegando até à Cascatona, o visitante pode ir até o Oratório, de onde se tem bela vista panorâmica, e também pode descer até os poços da cachoeira, para um banho ou um mergulho em suas águas geladas. Para tanto, precisa descer pelas pedras, por um caminho muito escarpado e íngreme.

Vai-se à Cascatona, descendo a ladeira da Casa das Sampaias e, logo depois da Casa, virando à direita. Logo se verá uma indicação para a direita, apontando o caminho para o Cruzeiro. Para a Cascatona, no entanto, basta continuar reto, sempre em frente.

O ideal é sair logo de manhã para a Cascatona, e nunca sozinho, mas com pelo menos mais um companheiro, por garantia de segurança. Saindo bem de manhã, não há perigo de escurecer durante a caminhada e, com certo esforço e disposição, pode-se voltar ainda para almoçar. Passeio recomendado para dias sem chuva.

Outra visão de inigualável beleza é a que se tem do Oratório da Cascatona, de onde se avista o vale do Sumidouro e a própria Cascatona com mais perfeição. Neste vale, pode-se contemplar a beleza do relevo da região, à semelhança de um verdadeiro conjunto de ondas marítimas.

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A Cascatona na voz e no coração do Padre Sarneel

“A Cascata Grande é a primeira das sete maravilhas do Caraça. Antes da inauguração, em 1926, da estrada de automóvel, era o ponto por onde o peregrino tinha de passar, a cavalo ou a pé, quisesse ou não quisesse. Tinha de costear, à sua direita, em ladeira apertadíssima, uma muralha gigantesca, fortemente inclinada, quase a tombar, sem vegetação alguma, pingando gotas de água asquerosa e eriçada das rochas salientes que ameaçavam soltar-se, desabar, esmagar-lhe e fazer-lhe em migalhas todos os ossos do corpo. Apeava então, segurava e puxava pelo cabrestão a cavalgadura que, empacando, tremia também. Ambos, depois, continuavam pé ante pé, rolando sob os seus passos as pedras daquela terrível passagem. Tropeçassem, cairiam os dois no precipício que fica à esquerda. Poderia chamar-se passo mortal a rampa estreita e pedregosa. Muito bem fez o piedoso Superior, Padre João Vaessen, em construir ali um oratório, embora inexpressivamente gótico, e colocar nele a imagem da Virgem. E muito melhor ainda, o dinâmico Padre Jerônimo de Castro que traçou e executou a nova estrada que sobe, menos perigosa, a serra caracense.

O lugar acima descrito é, sem dúvida, o sítio mais pitoresco que o romeiro possa gozar. Do alto da rocha nua, contempla risonhas paisagens que se estendem ao longe, semeadas de grupos de habitações branquinhas, ondeadas de verdes colinas, coroadas ali dos dorsos redondos e acolá dos picos agudos de negras montanhas, por cima das quais estão suspensos, por vezes, e se desdobram mantos de transparentes nuvens que a luz do sol purpureia ou doura. Não há, em Minas, panorama igual, quadro tão sublime, vista que encante tanto.

No Caraça, tudo é grande, tudo é belo. Mas a maravilha das suas maravilhas é a Cascata Grande. É formada pelo rio Sumidouro que, depois de nascido na Verruguinha e se ter divertido, serpeando pelo vale, se esconde, desaparecendo debaixo da terra, entre rochedos cobertos por uma densa mata, a que se deu o nome de Funil. Corre alguns instantes, desse modo soterrado e, de repente, destapa-se e precipita-se de novo no espaço, assustando, pulando, gargalhando. É a Cascata Grande que salta, retumba, assusta.

O seu salto é de mais de cem metros. A sua água, que abre passagem entre mil blocos de pedra, esguicha, repuxa, desce e cai em borbotões de espuma… Soa, ressoa e ecoa com o fragor do mar que bate em penhascos. E, por sobre essa longa faixa de prata, flutua uma neblina eterna, onde, nos dias de sol, arcos celestes se movem e trepidam como a luz brilha e rebrilha nas facetas de um prisma. Deslumbrante o espetáculo que a natureza caracense oferece à admiração dos romeiros.

Se fores engenheiro, turista, calcularás a potência daquela volumosa queda d’água, estudarás a possibilidade da sua captação e esboçarás uma usina capaz de levar a cidades distantes luz e força elétrica. Digna de aplausos a tua ciência e técnica. Mas, caro engenheiro, aproveita também a tua visita à Cascata Grande para cantar e adorar o Criador do céu e da terra… Mistura a tua voz à voz que tão perto de ti troa no abismo, em louvor ao bom Deus que fez o Caraça tão grande e tão belo, “desde a Cascata soberba até o pobre lagrimal”.

Padre Pedro Sarneel, C.M.
Guia Sentimental do Caraça, 1953

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Bocaina

A Bocaina encontra-se entre o Pico do Inficionado e a Caraça. É um grande desfiladeiro, neste contraforte da Serra do Espinhaço. É a Bocaina que propriamente nomeou o Caraça como tal. Em tupi-guarani, caraça é desfiladeiro ou, como hoje dizemos, bocaina, uma grande depressão situada numa serra.

Sua trilha mede em média 5 Km e se vai até lá tomando o caminho da Cascatinha, no estacionamento dos visitantes. Já na trilha, toma-se à direita na terceira entrada, atravessa-se o rio e continua-se em frente, sempre em direção à garganta do Gigante, que está de perfil, deitado na Serra do Espinhaço. Quando se chega pela trilha à Pedra da Paciência, um afloramento rochoso, segue-se em frente, descendo até sua base, seguindo as setas indicativas, pintadas na rocha, até a Bocaina.

A Bocaina, além da beleza das montanhas e dos campos por onde se passa, oferece uma série de quedas d’água, piscinas naturais e córregos para o descanso e o lazer.

No tempo da seca, a trilha pode ser feita com certa facilidade, apesar da distância. Já no tempo das chuvas, a trilha fica um pouco prejudicada, além de às vezes não ser possível atravessar o rio.

Tanque Grande

A trilha para o Tanque Grande não chega a 2 Km. Vai-se até ele caminhando pela estrada asfaltada até a Casa da Ponte. Logo em seguida, entra-se à esquerda, por uma trilha muito fácil de ser percorrida e bem plana. Na primeira bifurcação, toma-se à direita. Mais uma pequena caminhada e se chega ao Tanque.

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O Tanque Grande na voz e no coração do Padre Sarneel

“O tanque que se chama Grande por haver outro menor, o de São Luís, é o ponto de recreio mais procurado pelos turistas, poetas e sonhadores. É um lago tranquilo, rodeado de bosques silenciosos. A sua água é sempre da cor do céu. E, quando a brisa desce mais forte da serra vizinha, as suas ondas pequeninas vão levar à beira que os espera beijinhos de meiguice que morrem num melancólico murmúrio de uma grande saudade.

Tudo é melancolia no Tanque Grande. A barquinha sem vela, presa ao tronco de uma árvore raquítica, balança e geme, choramingando por um remador que a solte. O pombo solitário canta em voz plangente e monótona, escondido na mata. (…) Timidamente, em cabeçadas furtivas, os mudos e pensativos peixinhos, temendo o anzol traiçoeiro, só de quando em quando se arriscam a quebrar o espelho das águas. Tudo é melancolia no Tanque Grande.

Mas quando turmas de alunos ou grupos de romeiros o vêm visitar, o Tanque Grande deixa de ser o Grande Taciturno e torna-se o Grande Tagarela, contando histórias:

‘Outrora – sussurra ele – eu era lagoa pequenina, e água imunda, charco de sapos nojentos e rãs choronas. Um dia, no fim do século passado, chegou um padre muito alto. Olhou-me, olhou e olhou. Foi-se embora, mas logo voltou. Construiu-me aos pés um largo paredão. E abriu-me à cabeceira uma vala muito larga. Deteve o meu curso, represou as minhas águas, mas fez-me grande, profundo, bonito e limpo. Sou, desde então, açude-motorista de um engenho que, de dia, serra madeiras, e de um dínamo que ilumina, de noite, toda a casa da Senhora Mãe dos Homens. (…)

Ofereço-lhes a minha canoa para um passeio a remos. Ninguém, entretanto, se atreva a despir-se para mergulhar no meu bojo e nadar. No meu seio, redemoinham correntes e sorvedouros que já sepultaram um inocente colegial. Cuidado também, e muito, quando tiverem que andar em cima do meu paredão. Em 1904, tentou atravessá-lo o grande benfeitor da Escola Apostólica, o Visitador, Padre Dehaene. Tropeçou, coitado, e foi cair na dura pedra de um precipício de dez metros de altura. Nada lhe aconteceu. Estava acompanhado, na perigosa queda, pelos anjos do céu. Digo-lhes tudo isso, porque eu gosto muito de vocês. É tão preciosa a vida de vocês, amigos do Caraça’.

Assim tagarela o grande Taciturno. Vai escutar, vai poetar, sonhar, (…) navegar no Tanque Grande, onde tudo é melancolia – não melancolia que desalenta, mas melancolia que aumenta a saudade, não se sabe se da terra ou do céu…”

Padre Pedro Sarneel, C.M.
Guia Sentimental do Caraça, 1953

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Pinheiros

A trilha para os Pinheiros não chega a 2Km, sendo facilmente percorrida, por ser bem plana. Basta descer a estrada asfaltada até a Casa da Ponte e entrar, logo em seguida, à esquerda. Esta trilha levará diretamente aos Pinheiros, sem ser preciso fazer qualquer volta ou entrar em outras trilhas. É a mesma que leva ao Banho do Belchior, localizado um pouco mais adiante.

Dos Pinheiros se pode avistar, sem o mínimo esforço, o perfil do gigante deitado na Serra do Espinhaço: a Caraça.

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Os Pinheiros na voz e no coração do Padre Sarneel

Pinheiros era antigamente a fazenda do Caraça. Bem cultivado, o seu rico terreno fornecia ao Colégio hortaliças e cereais. Era também o berço dos carneirinhos e cabritinhos, o domicílio das vacas de leite, das mulas de carga. Foi nos Pinheiros que nasceu o bisavô da pequena Garrincha, a malfadada burrica, em cuja sela, temida mas macia, o Superior acomodava, paternalmente, para despachá-lo, o aluno vadio ou rebelde que se não amoldava à disciplina do Colégio.

Só resta da histórica fazenda um muro de quase cem metros de comprimento. Só sobrevivem alguns pinheiros, cujos pinhões, assados na brasa, os turistas se deleitam em comer, ao clarão de uma fogueira. Tombou quase todo o pinheiral, mas tombou gloriosamente. Deram a sua vida os robustos pinheiros golpeados pelo machado do lenheiro, para se transformarem em canudos e continuarem, na abafada prisão do órgão do Padre Boavida, o seu canto solene, tantas vezes entoado ao ar livre, em louvor a Deus e à Senhora Mãe dos Homens, quando os fortes ventos das tempestades caracenses lhes vinham sacudir os ramos em forma de pomposos candelabros.

Tipicamente caracense, a ilha pitoresca dos velhos pinheiros. Solene e religioso, o silêncio de seu deserto. Majestosos e severos, os horizontes que se descortinam aos olhos do visitante”

Padre Pedro Sarneel, C.M.
Guia Sentimental do Caraça, 1953

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Taboões

Os Taboões estão a 4 Km do Centro Histórico do Caraça. Pode-se ir de carro até certa altura da estrada asfaltada. Quando se avista a placa indicativa, entra-se à direita, a pé, por uma trilha de, no máximo, 10-15 min.

A trilha tem uma bifurcação e ambos os caminhos levam aos Taboões. O da direita leva a uma grande piscina natural. O da esquerda leva a corredeiras formadas por entre o leito rochoso do Ribeirão Caraça.

De grande beleza, os Taboões oferecem oportunidade de descanso e lazer, possibilidade de nadar e se banhar. Inclusive, uma pequena duna de areia fina ajuda a formar pequena praia em uma de suas margens.

Banho de Belchior

O Banho do Belchior é uma corredeira de água, isto é, nem uma cachoeira nem um rio manso. A água cai como que cortando as rochas e fazendo várias piscinas naturais.

Situa-se a 2 Km do Centro Histórico e até lá se vai pela estrada asfaltada até à Casa da Ponte. Logo em seguida, toma-se a trilha à esquerda. Na primeira bifurcação, toma-se à esquerda, deixando para a direita a trilha que vai para o Tanque Grande. Numa outra bifurcação, vai-se pela direita, deixando de lado a trilha para a Prainha. Numa terceira bifurcação, onde se indica o caminho para o Campo de Fora, à direita, quem vai para o Banho do Belchior deve tomar à esquerda, no sentido dos Pinheiros. E logo se deparará com a beleza e o encanto do Banho do Belchior.

Caminho de fácil acesso, sem maiores dificuldades, plano e sem desníveis.

Piscina

A Piscina do Caraça está num pequeno descampado, localizado a menos de 2 Km do Centro Histórico. É rústica, sem ladrilhos, e com água corrente. Um local muito apropriado para o descanso, o lazer e a confraternização.

Vai-se à piscina pela estrada asfaltada, até à placa indicativa, quando se deve virar à esquerda. É dos poucos lugares do Caraça aonde se pode ir de carro.

Outra atração deste lugar, que merece ser visitado, é o Mirante da Piscina. Delá se pode ver a Serra do Espinhaço em sua majestosa elevação, o Tanque Grande, a Bocaina e a beleza da natureza caracense.

Cruzeiro

Mirante de fácil acesso, aproximadamente 2 km de caminhada a partir do santuário, passando em frente a Casa das Sampaias.
De lá, a vista frontal do Complexo arquitetônico do Caraça.

Gruta de Lourdes

À Gruta de Lourdes se vai pela trilha que leva até a Capelinha e se inicia no estacionamento dos visitantes, seguindo em frente, próximo ao lago dos patos. Estando na Capelinha, toma-se o caminho à sua esquerda, atravessa-se um pequeno riacho até um afloramento rochoso. Nesta rocha, há uma seta pintada, indicando que se deve descer. Logo, outra seta indica que se deve virar à direita. Descendo um pouco mais, a trilha segue à esquerda até a Gruta.

A Gruta de Lourdes recebeu este nome quando, em 1904, no cinqüentenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição pelo Papa Pio IX (1854), ali foi entronizada a imagem de Nossa Senhora de Lourdes.

A trilha, de 3 Km, é bem íngreme e com dificuldades, exigindo certo preparo físico e disposição dos visitantes.

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A Gruta de Lourdes na voz e no coração do Padre Sarneel

“A gruta mais acessível e piedosa é a de Lourdes. Não está longe da Capelinha. Chamava-se antes Gruta do Irmão José. Foi esse bom Irmão francês cujo nome de família é Cornilleau que colocou, no princípio deste século, a imagem de Nossa Senhora, de túnica branca e faixa azul, na pequena gruta. Hoje é a mais visitada pelos peregrinos que vêm ao Caraça para rezar.

Abre-se a gruta em rocha de natureza calcária. Tem um único salão com cerca de cinqüenta metros de extensão, vinte de largura e outros tantos de altura. O chão é atapetado de uma areia alvíssima que os romeiros apanham com devoção e levam para as suas casas, como presente e lembrança da divina Distribuidora de todas as graças, Maria Santíssima.

Amigo, não podes deixar de visitar a milagrosa gruta. Quem visita a França vai a Lourdes. Quem vai ao Caraça visita a Gruta do Irmão José e nela, como Bernadete, a feliz visionada, reza, senão com a vela acesa de cera entre os dedos, ao menos com a chama do amor no coração”.

Padre Pedro Sarneel, C.M.
Guia Sentimental do Caraça, 1953

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Capelinha

À Capelinha do Coração de Jesus se vai por uma trilha íngreme de 2 km, que exige certo esforço para ser toda percorrida, devido à altura da Capela, que está 200m acima do Centro Histórico. A trilha começa no estacionamento dos visitantes, perto do lago. Adentrando a mata, caminha-se sempre à frente, passando por um descampado e logo voltando para a trilha mais fechada. Mais no alto, de onde já se pode ver o Centro Histórico do Caraça, um cabo de aço ajuda os visitantes na subida por umas grandes pedras. Para aqueles que querem fazer menos esforço, uma trilha, a modo de escada, foi preparada, desviando, em parte, o visitante dessas pedras. Logo depois dessas grandes pedras, pelas quais se passa caminhando, e não escalando, depara-se com a Capelinha.

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A Capelinha na voz e no coração do Padre Sarneel

“Na chamada serra do Felizardo e a uma altura de duzentos metros do Colégio, uma simples e modesta capelinha, sem torres e sem ornatos, atrai a curiosidade dos turistas. A sua história é triste, mas edificante.

Em 1863, funcionava no Caraça o seminário maior de Mariana. Os seus mestres e alunos tinham particular devoção a Nossa Senhora de todas as graças que aparecera, em 1830, a uma jovem noviça da Companhia das Filhas da Caridade, fundada por São Vicente. Resolveram construir, na serra do Felizardo, um pequeno santuário, dedicando-o a Nossa Senhora das Vitórias, cujo culto então estava em voga, assim como também a sua confraria que tinha a Medalha Milagrosa por insígnia e distintivo. Dom Viçoso veio de Mariana para colocar a primeira pedra. Benzeu-a com entusiasmo e confiança, pregando um piedoso sermão à sombra dos arvoredos da serra feliz. Achou poético o lugar. Tão lindo o achou que decidiu se construísse, também, ao lado da igrejinha, uma grande casa para noviços, missionários e exercícios espirituais. Determinou que se fizessem as portas e janelas iguais às da velha ermida do Irmão Lourenço. Mandou comprar, já e já, lâmpada, cálice e castiçais, custódia e turíbulo. Pediu que fosse reservado para sua moradia um quartinho de onde pudesse assistir à missa e visitar o Santíssimo Sacramento. Deu ao edifício começado o sugestivo nome de Cenáculo, exclamando:‘Oh! Se tivesse a felicidade de morar e morrer no Cenáculo, estou certo que Deus então me perdoaria todos os pecados e me livraria do inferno‘ .

Já em 1866, estava concluído, telhado e rebocado. Mas não se inaugurou o Cenáculo. Ficou abandonado e foi demolido. Nenhum noviço, nenhum missionário chegou a habitá-lo. No seu Cenáculo não morreu nem morou Dom Viçoso, que já tinha reunido, para lhe formar uma biblioteca, muitos livros ascéticos, nos quais escreveu com amor:‘do Cenáculo’ – e que se acham hoje na grande biblioteca do Caraça. Dom Viçoso foi entregar a alma a Deus na sua querida cartuxa de Mariana. “Raras vezes, fundação tão santa foi objeto de tantas esperanças, seguidas de tamanha desilusão…”

Vai, peregrino, contemplar as ruínas do Cenáculo. São talvez a imagem de muitos dos teus sonhos. Elas te ensinarão a murmurar: ‘Seja feita a santíssima vontade de Deus’.
Só ficou, na serra do Felizardo, a capelinha do Coração Imaculado de Maria, da Virgem justamente chamada Mãe dos Homens porque é a Mãe da Graça e distribuidora de todas as graças. O seu adro, cheio de pedras soltas e arbustos silvestres, é uma tribuna feita por Deus, de onde se avista toda a vasta e verde planície do Caraça.

Como é bom e salutar passear um pouco nessa sacada sem parapeito e lançar com toda a força dos pulmões e todo o ardor do coração, pela amplidão abaixo, a invocação: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós’.

Sobe, romeiro, a serra do Felizardo. É a serra dos milagres da medalha graciosa e feliz. É a feliz serra da Graça. Na solitária capelinha, Maria te dará a sua bênção, assegurando-te a felicidade de entrares um dia no céu.
O Cenáculo é uma ruína. E a própria igrejinha que ficou teve de mudar de nome. Não é mais do Coração de Maria a capela que os bons seminaristas de Mariana, sob a inspiração de seu diretor Miguel Sipolis, levantaram à sua custa e com a sua piedade. Dedicaram-na, posteriormente, os padres santos do Caraça ao Sagrado Coração de Jesus. E, assim, a Mãe passou ao Filho seu trono de graças, na poética serra do Felizardo. Talvez não quisesse a Virgem Mãe ter, ela só, dois tronos, e o seu Filho nenhum, nas montanhas do Caraça.

Por isso, romeiro feliz, depois de tua invocação a Maria Imaculada, canta mais devotamente ainda a felicitante jaculatória: ‘Coração de Jesus, tende compaixão de mim’. E Jesus ouvirá melhor a prece de sua Mãe e terá mais piedade de ti e mais certamente te dará a bem-aventurança eterna. Assim seja. Assim seja”

Padre Pedro Sarneel, C.M.
Guia Sentimental do Caraça, 1953

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Prainha

A Prainha é, como o próprio nome já diz, uma prainha, em que o Ribeirão Caraça passa tranqüilamente, com suas margens embelezadas por finíssima areia.

Caminho de fácil acesso, sem a menor dificuldade, plano e sem desníveis. Recomendado para todas as estações. Muito apropriado para crianças, desde que acompanhadas por seus responsáveis, pois as águas são muito rasas e tranquilas, além de ser muito próximo do Centro Histórico, não chegando a 1 Km.

Chega-se à Prainha pela trilha que vai para a Cascatinha, no estacionamento de visitantes. Estando na trilha, a Prainha é a segunda entrada à direita.

Banho do Imperador

O Banho do Imperador era o local, onde, no tempo do Colégio, os meninos tomavam seu banho semanal. Quando da visita de Sua Majestade Dom Pedro II, o próprio Imperador, segundo o relato que fez em seu diário, ali tomou banho, deixando sua imperial assinatura no nome que até hoje este bosque cheio de encantos, cortado pelo Ribeirão Caraça, carrega.

É um lugar muito procurado para lazer e confraternizações, por sua beleza, pelo clima agradável e ameno, devido às sombras das árvores, e pela facilidade de se nadar.

Fica a poucos metros do Centro Histórico, bastando apenas descer pela estrada asfaltada

Ponte do Bode

Para a Ponte do Bode, o caminho é muito simples. Descendo a estrada asfaltada, logo se deparará, bem antes da Casa da Ponte, com uma placa indicando a pequena trilha à esquerda.

Sobre a Ponte do Bode, no texto em que o Padre Sarneel fala dos Pinheiros, temos uma excelente explicação para seu nome. Clique no botão Ver mais para acessá-lo.

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A Ponte do Bode na voz e no coração do Padre Sarneel

“Vamos passear. Vamos pé a pé aos Pinheiros. É muito perto. Passa-se pela alinhada família dos nobres carvalhos de Portugal, despidos ou vestidos de folhas, conforme a estação do ano. Atravessa-se o rio Sumidouro no lugar onde crescem, abundantes, as aplumadas flechas, de que se servem os pirotécnicos no fabrico dos foguetes e que os coroinhas do vigário gostam tanto de apanhar e colecionar, no fim das procissões, depois da explosão no ar da pólvora festiva. A travessia se faz por uma ponte, pela qual nenhum bode passou nem passará nunca, de fora para dentro do Caraça. Não passa o imundo ruminante porque anda sempre carregado de pecados próprios e alheios.

E para o pecado não há acesso à porta do Céu. Chama-se, por isso, ponte do bode, como se chama ponte de burroscerto teorema da geometria, diante do qual fica eternamente parado o pobre aluno de inteligência curta. Passemos nós, inteligente turista, e vamos nós, romeiro cristão, sem medo e sem pecado.

Para explicar o nome da ponte, há outra versão que nos conta o rapto de um estudante pelo demônio sob a forma de um bode. Mas é uma história de papão para fazer medo às crianças”.

  Padre Pedro Sarneel, C.M.
Guia Sentimental do Caraça, 1953

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Pico da Carapuça

Para aqueles que ousam desafiar os limites do corpo, a Serra do Caraça possui sete picos: Pico do Sol (o mais alto da Cadeia do Espinhaço, 2072m), o Pico do Inficionado (2068m), o Pico da Carapuça (1955m), o Pico da Canjerana (1890m), Pico da Conceição (1800m), Pico Três Irmãos (1675m) e o Pico da Verruguinha (1650m).

É bom ressaltar que, para vencer os obstáculos naturais destas trilhas, que minam a resistência de quem se arrisca, é preciso ter bom preparo físico, boa coordenação motora e estar acompanhado dos Guias Cadastrados no Caraça.

Segundo alguns, “o coração parece saltar pela boca”. No entanto, todo esse esforço é recompensado pelas paisagens indescritíveis e pelas belezas típicas de cada pico. Somente quem vence a montanha pode descrever, se houver palavras, a sensação própria de cada subida e da vista que se pode contemplar.

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O Pico da Carapuça na voz e no coração dos Guias

“O Pico da Carapuça é o mais próximo e, ao contrário do que se possa imaginar, nem por isso deixa de exigir muito esforço físico, suavizado, é claro, pelas belezas naturais da trilha. São em média 6 km de caminhada.

A parte mais fácil do caminho leva até a Gruta de Lourdes, passando pela Capelinha do Sagrado Coração de Jesus. As subidas deste trecho são para testar o fôlego e aquecer a musculatura. O trecho mais pesado e mais íngreme está logo depois da Gruta, na subida pela mata, por caminhos mais escondidos e de acesso difícil, por não estarem marcados e sinalizados. São exatamente essas dificuldades que exigem o acompanhamento de Guias. A vantagem desta complicada e difícil subida é ser feita toda ela sob a sombra das árvores, suavizando o calor e a incidência dos raios de sol, sem contar a beleza que enche os olhos dos visitantes, pela grande variedade de espécies naturais.

Todo cuidado é pouco. Há trechos escorregadios e outros que exigem o apoio das mãos. Saindo da mata, encontra-se um platô, quase no topo, de onde se tem uma vista maravilhosa, verdadeiro prenúncio do que virá pela frente. Daí começa-se a contornar o Pico. Rochas esculpidas pelo tempo dão asas à imaginação. Pouco depois o topo.

Lá existe um pequeno cômodo de alvenaria com paredes furadas por tempestades de raios, mas nada que possa interferir ou atrapalhar a paisagem. A vista é magnífica! Sem dúvida, o principal atrativo e o mais deslumbrante. Dependendo das condições do tempo é possível avistar, até mesmo, alguns prédios do Bairro Belvedere em Belo Horizonte-MG. O mar de montanhas visto lá de cima é o troféu que os vencedores vão levar consigo. E logo abaixo, a contemplação do Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Homens, incrustado no coração do vale caracense, dá a todo o conjunto a garantia das mãos do Criador e de sua proteção”.

Este atrativo natural está inserido na Zona de Proteção da Unidade de Conservação RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SANTUÁRIO DO CARAÇA, conforme documento aprovado pelo ICMBio, Portaria Nº 189/2013.

Na Zona de Proteção da RPPN Santuário do Caraça a visitação restringe-se até 11 pessoas por dia, considerando o guia ou condutor cadastrado no Santuário do Caraça.

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Pico da Canjerana

Para aqueles que ousam desafiar os limites do corpo, a Serra do Caraça possui sete picos: Pico do Sol (o mais alto da Cadeia do Espinhaço, 2072m), o Pico do Inficionado (2068m), o Pico da Carapuça (1955m), o Pico da Canjerana (1890m), Pico da Conceição (1800m), Pico Três Irmãos (1675m) e o Pico da Verruguinha (1650m).

É bom ressaltar que para vencer os obstáculos naturais destas trilhas, que minam a resistência de quem se arrisca, é preciso ter bom preparo físico, boa coordenação motora e estar acompanhado dos Guias Cadastrados no Caraça.

Segundo alguns, “o coração parece saltar pela boca”. No entanto, todo esse esforço é recompensado pelas paisagens indescritíveis e pelas belezas típicas de cada pico. Somente quem vence a montanha pode descrever, se houver palavras, a sensação própria de cada subida e da vista que se pode contemplar.

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O Pico da Canjerana na voz e no coração dos Guias

“Dentre as trilhas que levam aos picos existentes no Caraça esta é a de menor dificuldade, apesar de seus quase 12 km.

A partir do Campo de Fora, a trilha vai ziguezagueando morro acima e a bela paisagem se encarrega de disfarçar o cansaço. A vista, lá de cima, é um tanto quanto antagônica. De um lado, a visão desoladora de uma mineração limítrofe à área da Reserva do Caraça, de outro o empíreo caracense.

Na volta, a dica para aqueles que ainda têm um pouco de força nas pernas é conhecer também o Belvedere, um pouco mais baixo que a Canjerana, porém um lugar de rara beleza e vista estonteante”.

Este atrativo natural está inserido na Zona de Proteção da Unidade de Conservação RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SANTUÁRIO DO CARAÇA, conforme documento aprovado pelo ICMBio, Portaria Nº 189/2013.

Na Zona de Proteção da RPPN Santuário do Caraça a visitação restringe-se até 11 pessoas por dia, considerando o guia ou condutor cadastrado no Santuário do Caraça.

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Pico do Sol

Para aqueles que ousam desafiar os limites do corpo, a Serra do Caraça possui sete picos: Pico do Sol (o mais alto da Cadeia do Espinhaço, 2072m), o Pico do Inficionado (2068m), o Pico da Carapuça (1955m), o Pico da Canjerana (1890m), Pico da Conceição (1800m), Pico Três Irmãos (1675m) e o Pico da Verruguinha (1650m).

É bom ressaltar que para vencer os obstáculos naturais destas trilhas, que minam a resistência de quem se arrisca, é preciso ter bom preparo físico, boa coordenação motora e estar acompanhado dos Guias Cadastrados no Caraça.

Segundo alguns, “o coração parece saltar pela boca”. No entanto, todo esse esforço é recompensado pelas paisagens indescritíveis e pelas belezas típicas de cada pico. Somente quem vence a montanha pode descrever, se houver palavras, a sensação própria de cada subida e da vista que se pode contemplar.

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O Pico do Sol na voz e no coração dos Guias

“O início da caminhada para o Pico do Sol é suave: são 2 km até a Cascatinha, uma das pérolas do Caraça. A subida começa por ali, exatamente onde o acompanhamento dos Guias começa a ser imprescindível e onde os próprios Guias começam a observar e avaliar melhor as condições físicas e a destreza das pessoas.

Ao atravessar o riacho no topo da Cascatinha, não há quem não pare para apreciar a vista deste mirante, com suas piscinas naturais refletindo o azul do céu antes da queda d’água. É simplesmente fascinante!

Após a travessia de uma mata e de um pequeno platô, inicia-se a subida mais exigente. À medida que se vão superando os obstáculos rochosos, o grau de dificuldade vai aumentando até atingir um outro platô, um grande mirante, o portal de entrada para o vale do Pico. A subida torna-se, então, mais suave, mas o vale é longo. Ora se caminha pelo leito rochoso do riacho que existe ali, apreciando suas corredeiras e piscinas, ora pelas margens que desenham sua sinuosa formosura.

Mesmo com o cansaço físico, devido ao longo percurso e às dificuldades do caminho, a exuberante beleza do vale nos impele e encoraja a continuar. No fim do vale, um abrigo em forma de concha, uma parada para descansar, reabastecer os cantis e se preparar para a última etapa, o ataque final.

Novamente uma subida íngreme e logo se chega ao topo do majestoso Pico do Sol, o cume da Cadeia do Espinhaço, depois de percorridos pelo menos 10 km. Um misto de realização pessoal e visão transcendente permeia e envolve aqueles que ali chegam”.

Este atrativo natural está inserido na Zona de Proteção da Unidade de Conservação RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SANTUÁRIO DO CARAÇA, conforme documento aprovado pelo ICMBio, Portaria Nº 189/2013.

Na Zona de Proteção da RPPN Santuário do Caraça a visitação restringe-se até 11 pessoas por dia, considerando o guia ou condutor cadastrado no Santuário do Caraça.

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Pico Três Irmãos

Para aqueles que ousam desafiar os limites do corpo, a Serra do Caraça possui sete picos: Pico do Sol (o mais alto da Cadeia do Espinhaço, 2072m), o Pico do Inficionado (2068m), o Pico da Carapuça (1955m), o Pico da Canjerana (1890m), Pico da Conceição (1800m), Pico Três Irmãos (1675m) e o Pico da Verruguinha (1650m).

É bom ressaltar que para vencer os obstáculos naturais destas trilhas, que minam a resistência de quem se arrisca, é preciso ter bom preparo físico, boa coordenação motora e estar acompanhado dos Guias Cadastrados no Caraça.

Segundo alguns, “o coração parece saltar pela boca”. No entanto, todo esse esforço é recompensado pelas paisagens indescritíveis e pelas belezas típicas de cada pico. Somente quem vence a montanha pode descrever, se houver palavras, a sensação própria de cada subida e da vista que se pode contemplar.

O Pico Três Irmãos na voz e no coração dos Guias

“Para chegar ao Pico Três Irmãos toma-se o mesmo caminho do Pico da Conceição até as proximidades do fim do vale. Deste ponto, inicia-se a subida pela esquerda. Não há trilhas para orientar durante a maior parte do trajeto. Neste aspecto, o desgaste psicológico quase sempre é maior que o físico e a presença de um Guia acaba resultando num conforto significativo.

De seu cume, alcançado depois de 8 km de caminhada, é possível avistar todos os outros picos e parte do Campo de Fora, além da vista para o Santuário”.

Este atrativo natural está inserido na Zona de Proteção da Unidade de Conservação RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SANTUÁRIO DO CARAÇA, conforme documento aprovado pelo ICMBio, Portaria Nº 189/2013.

Na Zona de Proteção da RPPN Santuário do Caraça a visitação restringe-se até 11 pessoas por dia, considerando o guia ou condutor cadastrado no Santuário do Caraça.

Pico do Inficionado

Para aqueles que ousam desafiar os limites do corpo, a Serra do Caraça possui sete picos: Pico do Sol (o mais alto da Cadeia do Espinhaço, 2072m), o Pico do Inficionado (2068m), o Pico da Carapuça (1955m), o Pico da Canjerana (1890m), Pico da Conceição (1800m), Pico Três Irmãos (1675m) e o Pico da Verruguinha (1650m).

É bom ressaltar que para vencer os obstáculos naturais destas trilhas, que minam a resistência de quem se arrisca, é preciso ter bom preparo físico, boa coordenação motora e estar acompanhado dos Guias Cadastrados no Caraça.

Segundo alguns, “o coração parece saltar pela boca”. No entanto, todo esse esforço é recompensado pelas paisagens indescritíveis e pelas belezas típicas de cada pico. Somente quem vence a montanha pode descrever, se houver palavras, a sensação própria de cada subida e da vista que se pode contemplar.

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O Pico do Inficionado na voz e no coração dos Guias

“Todas as trilhas que levam ao Pico do Inficionado atravessam o mosaico natural característico das áreas de transição da Mata Atlântica para o Cerrado, entremeadas pelos Campos de Altitude e pelos Campos Rupestres.

São 5 km até a base do Pico. No início, a subida é forte e íngreme, exigindo grande esforço e o uso das mãos para vencer os obstáculos. O que só reforça a exigência de que este caminho seja sempre feito com o acompanhamento de Guias Cadastrados no Caraça. Após esta etapa, a subida é menos fatigante, passando por diversos platôs que permitem observar as belas paisagens e relaxar antes do ataque final.

A última fase também é uma subida acentuada, passando por uma laje de pedra bem inclinada. O esforço é grande, mas a chegada é um espetáculo à parte. Depois de pelo menos 9 km, chega-se ao cume do Inficionado. Uma escultura gigantesca!

O Inficionado é um pico incomum, recortado por fendas profundas, em quase todas as direções, formando uma paisagem única, de beleza indescritível. Além do mais, lá está o maior abismo de mundo em quartzito: a Gruta do Centenário.

Realmente, só uma palavra aproxima-se de sua definição: surreal!”

Este atrativo natural está inserido na Zona de Proteção da Unidade de Conservação RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SANTUÁRIO DO CARAÇA, conforme documento aprovado pelo ICMBio, Portaria Nº 189/2013.

Na Zona de Proteção da RPPN Santuário do Caraça a visitação restringe-se até 11 pessoas por dia, considerando o guia ou condutor cadastrado no Santuário do Caraça.

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Pico da Conceição

Para aqueles que ousam desafiar os limites do corpo, a Serra do Caraça possui sete picos: Pico do Sol (o mais alto da Cadeia do Espinhaço, 2072m), o Pico do Inficionado (2068m), o Pico da Carapuça (1955m), o Pico da Canjerana (1890m), Pico da Conceição (1800m), Pico Três Irmãos (1675m) e o Pico da Verruguinha (1650m).

É bom ressaltar que para vencer os obstáculos naturais destas trilhas, que minam a resistência de quem se arrisca, é preciso ter bom preparo físico, boa coordenação motora e estar acompanhado dos Guias Cadastrados no Caraça.

Segundo alguns, “o coração parece saltar pela boca”. No entanto, todo esse esforço é recompensado pelas paisagens indescritíveis e pelas belezas típicas de cada pico. Somente quem vence a montanha pode descrever, se houver palavras, a sensação própria de cada subida e da vista que se pode contemplar.

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O Pico da Conceição na voz e no coração dos Guias

“Até o Campo de Fora a trilha é bem definida, depois é preciso estar preparado para enfrentar o mato fechado e, às vezes, a sensação de estar ‘perdido’. Poucas pessoas visitam este belíssimo lugar, por isso mesmo não há vestígios de trilha em grande parte do percurso. Aqueles que alcançam o cume do Conceição jamais se esquecem da vista maravilhosa, de tirar o fôlego.

O Pico da Conceição fica situado bem em frente ao Santuário de Nossa Senhora Mães dos Homens, há mais ou menos 9 km de distância. Uma visão verdadeiramente privilegiada e de fato inesquecível”.

O Pico da Conceição na voz e no coração de um Padre Caracense

Padre Sebastião de Carvalho Chaves, C.M.

Todo adolescente ou jovem tem seus sonhos, mas alguns desses sonhos permanecem por toda a vida. Quando cheguei ao Caraça tinha muitos sonhos também; alguns se tornaram realidade, outros desapareceram; mas alguns persistem. Um deles era escalar o Pico da Conceição. O Caraça tem outros picos até mais famosos: Inficionado, Pico do Sol, Carapuça, etc. Mas aquele pico ali bem de frente da Igreja desafiava meu olhar e meus devaneios. Parecia-me, aos olhos de adolescente, que lá do alto eu teria uma visão de minha existência e que o mundo estaria a meus pés. Mas os Padres não deixavam menores, ou os mais fracos, irem lá. Era perigoso. Assim o sonho se tornava mais forte.

O tempo foi passando, realizei alguns sonhos meus, escalei outros picos até mais altos que Conceição, por exemplo o Pico do Açu, na Serra dos Órgãos, mas continuava a sonhar com o Conceição. Depois de muitas andanças por ali, foi-me oferecido administrar o Caraça. A oportunidade de realizar aquele sonho voltou forte. Mas, se quando jovem, achavam que não daria conta, e agora já idoso? Eu aqui é que tinha minhas dúvidas.

Falei do meu sonho com um dos guias de turistas aqui do Caraça. João Júlio, com seu “olho clínico” e experiência profissional de conhecedor do Caraça, avaliou-me e deu sua sentença: “Vou levar o senhor lá”. Depois de alguns adiamentos, marcamos o dia 26 de agosto de 2008 para nossa escalada. Muita gente disse que iria também, mas como sempre surgiram imprevistos. Assim, na hora marcada, estávamos de saída para a aventura: João Júlio, nosso guia, o casal Consuelo e Eduardo e eu, com meus 69 anos e 10 meses, quase septuagenário. Também iam na mesma direção, para o Pico da Canjerana, um grupo de pesquisadores com outro guia: Toninho Morais.
Já no Campo de Fora nos separamos, Canjerana para a esquerda, Conceição para a direita, tchau, até logo. Depois de uns 15 minutos, olha o grupo da Canjerana nos seguindo. Também ficaram fascinados com a exuberância do Pico da Conceição e não perderam a oportunidade. Lá estávamos nós seguindo por trilhas de antas, brejos e escarpas subindo a serra. Um escorregão aqui, um tombo ali, uma paradinha para água ou lanche ou usando a velha tática: “Que linda paisagem, vamos tirar uma foto!”

Ufa, chegamos… Olha lá Santa Bárbara, Barão de Cocais, Monlevade, Serra da Piedade, quanta beleza! Olha lá, bem distante, são alguns prédios de Belo Horizonte.

O que é aquilo…? É o “câncer da terra”. São as mineradoras que destroem nosso “habitat”.

Depois de admirarmos a paisagem, os pesquisadores continuaram à procura das bromeliáceas, briófitas, etc.

O nosso guia, João Júlio, pediu licença, pegou a Bíblia e leu solenemente o “Sermão da Montanha”. Certamente a montanha da Galileia era bem menor que o Pico da Conceição. As palavras de São Mateus ecoaram por aqueles vales imensos: “Felizes os pobres… Felizes os puros… Felizes os mansos… etc. Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste…” Estas palavras de Cristo ainda ecoam sem muito resultado nos corações, nossa Missão ainda é enorme… É bom ficarmos aqui…

Chegou a hora de descer a montanha… a vida continua no vale.

Às 19h estava de volta ao Caraça. Corpo exausto, mas um Sonho realizado. E diante do Santuário de N. S. Mãe dos Homens, contemplando o Pico da Conceição, o sonho realizado se transformou: Hei de voltar…

Este atrativo natural está inserido na Zona de Proteção da Unidade de Conservação RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SANTUÁRIO DO CARAÇA, conforme documento aprovado pelo ICMBio, Portaria Nº 189/2013.

Na Zona de Proteção da RPPN Santuário do Caraça a visitação restringe-se até 11 pessoas por dia, considerando o guia ou condutor cadastrado no Santuário do Caraça.

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Pico da Verruguinha

Para aqueles que ousam desafiar os limites do corpo, a Serra do Caraça possui sete picos: Pico do Sol (o mais alto da Cadeia do Espinhaço, 2072m), o Pico do Inficionado (2068m), o Pico da Carapuça (1955m), o Pico da Canjerana (1890m), Pico da Conceição (1800m), Pico Três Irmãos (1675m) e o Pico da Verruguinha (1650m).

É bom ressaltar que para vencer os obstáculos naturais destas trilhas, que minam a resistência de quem se arrisca, é preciso ter bom preparo físico, boa coordenação motora e estar acompanhado dos Guias Cadastrados no Caraça.

Segundo alguns, “o coração parece saltar pela boca”. No entanto, todo esse esforço é recompensado pelas paisagens indescritíveis e pelas belezas típicas de cada pico. Somente quem vence a montanha pode descrever, se houver palavras, a sensação própria de cada subida e da vista que se pode contemplar.

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O Pico da Verruguinha na voz e no coração dos Guias

“Por ser pouco visitado, não existem muitos vestígios de trilhas e, não raro, o caminho se confunde com trilhas de antas que circulam por lá. No entanto, ainda existem sinais de um antigo caminho de tropeiros e viajantes, que por ali cortavam caminho rumo a Mariana e Ouro Preto.

A ascensão a este pequeno pico não é tão desgastante e se inicia no sopé do Pico do Inficionado. Seu cume, alcançado depois de 7 km, é pequeno e tem vista para o vale onde está o conjunto arquitetônico do Caraça”.

Este atrativo natural está inserido na Zona de Proteção da Unidade de Conservação RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SANTUÁRIO DO CARAÇA, conforme documento aprovado pelo ICMBio, Portaria Nº 189/2013.

Na Zona de Proteção da RPPN Santuário do Caraça a visitação restringe-se até 11 pessoas por dia, considerando o guia ou condutor cadastrado no Santuário do Caraça.

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Campo de Fora

A trilha para o Campo de Fora começa logo depois da Casa da Ponte, entrando-se à esquerda. São 7 km de caminhada. O Campo de Fora é de grande beleza, especialmente por sua vegetação, seu relevo e suas cachoeiras, que só podem ser alcançadas com o acompanhamento dos Guias Cadastrados no Caraça, devido à distância e às dificuldades de acesso.

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O Campo de Fora na voz e no coração dos Guias

“Talvez o Campo de Fora seja o lugar do Caraça mais fácil de ser definido com uma única palavra: paradisíaco. Uma turista, ao caminhar pelos campos rodeados de montanhas, lembrou com emoção do local onde sua avó morava nos Alpes Suíços e disse: ‘Só falta a neve no topo das montanhas’. Naturalmente, a sensação que cada pessoa sente em um determinado lugar é única e individual, por isso não se poderia deixar de citar essa impressão. Se a turista quis dizer que o lugar é lindo, apaixonante e extasiante… todos concordam.

Este local esconde maravilhas que o Criador deixou para nos embriagar com sua bondade. São muitas cachoeiras espalhadas pelos campos verdejantes de relevo ondulado. Uma merece destaque especial. Após 8 km de caminhada, a vista da cachoeira para quem chega até à encosta, que fica de frente, é surpreendente. O riacho de águas tranqüilas precipita-se por entre as rochas que a emolduram, tecendo formas diferentes para cada queda.

É um espetáculo à parte, um convite à contemplação. Não há quem resista às suas águas convidativas e às suas piscinas naturais. É como que um mergulho na beleza, em águas gélidas, mas revigorantes. Um passeio memorável.

Para se chegar ao Campo de Fora, caminha-se por uma estradinha antiga e bucólica, praticamente sem desnível. São 6 km, em grande parte por entre uma mata predominantemente atlântica, de grande exuberância, até se chegar aos ‘Alpes Brasileiros do Caraça’”.

O Campo de Fora na voz e no coração de um visitante

Tião Crispim, Santa Bárbara-MG, 17/04/2009

Se o Caraça é a “Porta do Céu”, o Campo de Fora é o paraíso. Este sítio bucólico, dotado de rara beleza, possui em cada quadrante vales, cachoeiras, riozinhos de águas enegrecidas, uma aquarela divina cuidadosamente estendida entre dois horizontes distantes.

O lugar é tão divinamente enfeitado e a harmonia da beleza é tão radiante que nem mesmo o mais sensível dos observadores seria capaz de descrevê-lo em toda sua metonímica grandiosidade. É impossível contemplar toda a sua beleza e captar toda a sua maravilha. O horizonte que se descortina é um convite ao desconhecido; uma atração constante é o querer ir além; é o canto da sereia na crista do Espinhaço.
Ali no Campo de Fora a presença de Deus é percebida. Na vastidão daqueles jardins o divino se funde ao humano da nossa presença. Os jardins do Campo de Fora ostentam as mais exóticas e belas flores cultivadas com esmerado bom gosto pelo Jardineiro do universo que ali cria pássaros e insetos jamais vistos em sua morada universal.

A cada passo, a cada horizonte desbravado, um grandioso universo se abre exibindo as mais belas cachoeiras, as mais singelas flores, insetos e pássaros multicores rendendo homenagem ao Criador através daquele harmonioso conjunto de rara beleza, capaz de emocionar o mais insensível dos observadores.

Foi lá, entre dois horizontes distantes, tendo por companhia Toninho Morais, muito mais que guia, um guru da montanha, um intérprete da natureza, que ousei entender e decifrar Federico García Lorca quando poetizou:“buscaba el amanecer e el amanecer no era”.

Este atrativo natural está inserido na Zona de Proteção da Unidade de Conservação RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SANTUÁRIO DO CARAÇA, conforme documento aprovado pelo ICMBio, Portaria Nº 189/2013.

Na Zona de Proteção da RPPN Santuário do Caraça a visitação restringe-se até 11 pessoas por dia, considerando o guia ou condutor cadastrado no Santuário do Caraça.

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Gruta de Bocaina

“Entrar no vale da Bocaina parece uma aventura em um passado remoto, há alguns milhares de anos. Uma paisagem primitiva. Logo no início do vale a incrível visão da cachoeira revela uma das belezas escondidas no desfiladeiro.

A Gruta fica a aproximadamente 1 Km, subindo pelo leito pedregoso do rio. O vale é encantador e a cada curva do rio vão-se desvendando novas paisagens.

Pouco antes da Gruta existe um “minicanion” onde a parada é obrigatória para admirar e fotografar sentado à beira de um paredão negativo. Cinco minutos acima encontra-se a Gruta. É preciso usar lanterna para entrar.

O primeiro salão é amplo e nota-se a presença de um rio em seu interior, que, aliás, percorre quase toda a extensão da Gruta. Prosseguindo por um corredor estreito, que vai se afunilando até caber apenas uma pessoa, chega-se ao segundo salão, onde há uma pequena queda d’água. Para experimentar e absorver a energia do lugar é essencial apagar as lanternas, ouvir o som das águas, sentir o microclima ambiente e meditar. Um passeio verdadeiramente imperdível!”

Este atrativo natural está inserido na Zona de Proteção da Unidade de Conservação RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SANTUÁRIO DO CARAÇA, conforme documento aprovado pelo ICMBio, Portaria Nº 189/2013.

Na Zona de Proteção da RPPN Santuário do Caraça a visitação restringe-se até 11 pessoas por dia, considerando o guia ou condutor cadastrado no Santuário do Caraça.