No dia 18 de abril, o Santuário do Caraça sediou, mais uma vez, a Feira de Comida e Alimentação no tempo de JESUS, na sua quinta edição. O evento foi promovido pelo diretor de teatro, Ênio Reis, Caraça e pelo grupo teatral Âncora. Ao longo do dia, várias atividades foram desenvolvidas, começando com a apresentação das companhias de teatro, Âncora e Terra do Mel, seguida pela apresentação da cantora Patrícia Sotomayor e por um “passeio teatral” pelo entorno do Santuário, chegando ao Carvalho, em frente da Cantina, com uma saudação do Padre Lauro Palú, e terminado com mais um “solo” de Sotomayor. Logo após, todos se encaminharam para a degustação de chás, pães e frutas e do vinho produzido na casa. Durante a explicação do chef Leandro Catão, o que chamou a atenção foi a forma como ele “trata” o fermento (‘meu filho’) que usa em suas receitas e o alimenta há alguns anos.
Na segunda parte do encontro, aconteceu a conferência, “Interlocuções entre a ocidentalização da alimentação e seus caminhos até Minas Gerais”, feita pela Dra. Isabela Magalhães Callia, especializada em Italianística e Gastronomia, vinda de São Paulo para o evento. Vários convidados puderam falar e expor suas ideias e estudos feitos sobre o desenvolvimento da alimentação, a tradição e o resgate desta “arte” no nosso estado, principalmente em nossa região e, em especial, no Caraça. A chef Vani Pedrosa, em sua fala, enfatizou os pontos básicos para o resgate da cultura culinária da região, além de projetos em parceria com orgãos do município e do estado, além, é claro, da busca e do contato com comunidades da Baixada caracense, onde, segundo ela, existem maravilhas gastronômicas, escondidas há várias gerações.
Já na terceira e última fase do encontro, foi servido um caprichado e delicioso jantar típico, antepastos, o ragu de cordeiro, peixe assado com maçãs, queijos de leite cru, frutas e pão ázimo, com destaque para o hidromel, bebida alcoólica, derivada da fermentação de mel e água, consumida em Roma e na Grécia Antiga e noutras culturas antigas, dos celtas, saxões e vikings. Outra opção, que não poderia faltar, era a famosa e apreciada comidinha mineira, com o tradicional frango com quiabo, angu e taioba.
Enfim, foi uma tarde/noite repleta de cultura, arte, diversão, conversas agradáveis, aromas e sabores. Um dia para ficar gravado na memória e no estômago.
Reportagem: Fram Emery / Pe. Lauro Palú C.M.
Jornal Voz do Caraça – Ed. 107 – Maio de 2015