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Quando se fala em Colégio do Caraça, pensa-se numa série de atividades educacionais desenvolvidas no célebre Colégio, atividades estas nem sempre iguais e com as mesmas finalidades. De 1820 a 1842, o Caraça abrigou um Colégio (iniciado com quatro alunos em 1820 e oficialmente aberto em 1821 com 14 alunos) e um Seminário para aqueles que queriam ser Lazaristas como os Padres fundadores. Em 1842, Padre Viçoso levou para Campo Belo da Farinha Podre (hoje Campina Verde-MG), o Colégio, vários alunos, escravos, livros e outros bens. Esta transferência ocorreu devido às ameaças revolucionárias e à insurreição da Província de Minas contra o Império. A viagem de 700km começou no dia 24 de agosto de 1842, alguns dias depois da derrota de Teófilo Otoni pelos legalistas de Caxias em Santa Luzia-MG, o que, infelizmente, não tinha chegado aos ouvidos dos Padres do Caraça.

Em 1854, por causa da epidemia de varíola em Mariana, seu Seminário Maior (Filosofia e Teologia) foi transferido para o Caraça, retomando, depois de 12 anos fechado, sua tradição educacional. Estando novamente aberto, o Caraça voltou a receber alunos a partir de 1856. Esta nova fase do Colégio só terminaria em 1912, quando o Colégio do Caraça, enquanto colégio propriamente civil, fechou suas portas.

Em 1882, um ano antes da inauguração do belo templo neogótico, construído também para facilitar o ensino e a prática litúrgica dos seminaristas de Mariana, o Seminário Maior voltou para sua sede diocesana. De 1885 a 1895, abriu-se, junto ao Colégio, a Escola Apostólica, para a educação de meninos que queriam ser Padres Lazaristas. Depois de um tempo fechada, a Escola Apostólica foi reaberta em 1905 e só encerrou seus trabalhos em 1968, com o trágico incêndio.

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