De 9 a 11 de novembro, produtores de queijo do Entre Serras visitaram a Serra da Canastra, com o objetivo de conhecer o processo produtivo do queijo artesanal daquela região, isto é, a história do queijo artesanal da Canastra, os números e o rendimento de sua produção, o trabalho do SEBRAE na recolocação da marca Queijo Canastra, os acertos locais (mercado, formas de comercialização e características especiais da região) e os métodos de atuação da Associação dos Produtores de queijo da Canastra e o que eles construíram nestes últimos 3 anos. Ainda se divulgou o Projeto Primórdios da Gastronomia de Minas e o Projeto Entre Serras (Piedade e Caraça). E se analisou o impacto do resgate do Queijo do Frei Rosário e do Queijo Minas Artesanal do Caraça, na principal região produtora do Queijo Minas Artesanal.
Participaram da visita à Canastra 26 pessoas (16 produtores de queijos do Entre Serras, mais 10 representantes da EMATER, do SEBRAE, do Caraça e da Serra da Piedade) e do SENAC (Vani Pedrosa e dois estudantes de gastronomia do grupo de pesquisa do Queijo). Santa Bárbara foi representada pela Fazenda do Engenho (Caraça) e por Glória Guedes, produtora de Florália. Vani comentou: ‘Todos nós saímos encantados com o respeito que eles têm pela nossa história, além da maravilhosa hospitalidade com que fomos recebidos’.
Como conclusões práticas, viu-se que é impossível o Projeto do Queijo do Entre Serras seguir em frente sem uma associação para gestão do queijo e da marca; reconhecendo-se o valor de mercado de queijo artesanal, valorizou-se a atuação do SEBRAE no reposicionamento da marca Canastra; e se pôde notar a necessidade de processos especiais para manejo dos criatórios voltados para nossas diferenças regionais. Neste contexto, no Projeto Primórdios da Gastronomia em Minas, o Queijo do Frei Rosário, da Serra da Piedade (curado com fungos), abriu mercado promissor no Sul e no Nordeste do Brasil, fora do eixo tradicional de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. E a parceria SENAC/Caraça ajudou a ‘resgatar o queijo artesanal no Caraça, que é um ícone estadual, devolvendo a Minas sua história através do queijo, marca registrada dos mineiros’, comentou ainda a pesquisadora Vani.