I – Dias 8 e 9 de outubro, realizou-se a caravana anual da Associação de Ex-Alunos dos Lazaristas e Amigos do Caraça (AEALAC). A maioria veio de trem, de Belo Horizonte à estação Dois Irmãos, e dali em ônibus até o Caraça. Os que vieram de outras regiões vieram de carro e um, de moto. Pararam no Condomínio Locum Nilorum (dos Ex-Alunos), no distrito do Sumidouro, para o café da manhã na casa do Joaquim Medina e da Maria do Carmo.
II – Chegados ao Caraça, ocupar os apartamentos e quartos. Respirar fundo e mergulhar no mundo das saudades. Muito programa para um dia e meio. Antes do almoço, na igreja neogótica, o canto da invocação mariana, que os acompanha toda a vida: Sob a vossa proteção (Sub tuum praesidium). Os meninos de outrora lembram com fé a sua oração inocente, seus pedidos para o futuro.
III – No meio da tarde, houve o Sermão na Montanha: Pe. Lauro Palú, Diretor do Caraça, apresentou a encíclica do Papa Francisco, sobre o “cuidado do mundo, a nossa casa”. A ecologia deve ser integral, humana e social, não cuidar só dos passarinhos e dos gambás. Os valores humanos se sobrepõem aos materiais e se completam com eles. Cuidar da natureza é defender-nos.
IV – O lanche no Calvário ativou o 5º sentido, o paladar, depois da experiência da visão da paisagem, do canto das aves, do vento na pele, do cheiro da erva cidreira que moíamos nos dedos.
V – Na Prainha do rio, a posse “oficial” em nome dos ex-Alunos, depois que o Banho dos Alunos virou Banho do Imperador. Para recordar que também temos alguma importância histórica…
VI – Após a missa, no sábado, a assembleia da AEALAC, com prestação de contas e cobrança das anuidades, as lembranças para quem comemorava 70, 60 e 50 anos de chegada ou de conclusão do curso no Caraça. Lembrando as Academias de outrora, alguns apresentaram os livros que publicaram mais recentemente…
VII – Um dos pontos altos da Caravana: a “aula da saudade”, que o Pe. Lauro animou: os Ex-Alunos recordaram e sistematizaram os elementos que tornavam o ensino do Caraça excepcional e exemplar. Estudavam-se cinco línguas, o que, por si só, já constituiu extraordinária riqueza utilíssima. Valeu a pena.
VIII – Na missa, o Pe. Sebastião Carvalho comemorou 50 anos de ordenação. O Coral Crescere cantou polifonicamente em latim o mistério que celebrávamos. Continuamos a festa no almoço. De lá para os ônibus e carros. Saímos já com saudades, pelo reencontro dos Colegas e de nós mesmos, crianças, mais uma vez.